sábado, 28 de fevereiro de 2009


no lusco-fusco do teu umbigo

respiro a fatalidade do movimento
brinco numa tempestade de areia
apago os meus olhos e abro a porta

à memória incandescente da tua flor



amar é o começo
de nós a estrada
no olhar primaveril
recta metamorfose
impressa na palma da mão


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

entrei em casa
caminhei até ao quarto
silenciosamente despi a roupa
cansada da noite
deitei ao teu lado o corpo
frágil faminto frenético
inconfortável quieto
deslizei-o para cima de ti
o sorriso esboçou-se
os olhos ameaçaram
abrirem-se
e a minha mão deslizou
para dentro de ti
num movimento em procura
de explosão


domingo, 22 de fevereiro de 2009

olhos desertos
bebidos a vermelho
embrenhados em suor
nus teus lábios quentes
com fome de cadela

sacio-me
lambendo-te
o doce licor
que escorre de
dentro de ti