segunda-feira, 29 de junho de 2009



segundo apressado
no contorno do ombro
aí repousa a vontade

do beijo flecha
que atravessa em prontidão
vento chuva trovão

como o coração
jovem incauto incerto
na celeridade da cobiça


e a memória dos peixes é de apenas três segundos...

sexta-feira, 19 de junho de 2009



as folhas cobrem

o tempo do silêncio

em instantes quotidianos


o tempo desvanece-se

nas pegadas ilúcidas

de seres desnudos


e nas árvores encarnadas

a nudez dos dias

reflecte-te a cada segundo


quarta-feira, 3 de junho de 2009


                                   mesmo à vista de todos

cegos não vemos

o que o espaço não esconde


a distância é uma variável



                            nem longe

nem perto
 

existir é tudo

nada
 


                a relatividade das coisas

engravida olhares alheios
 


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