segunda-feira, 29 de junho de 2009
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morde-me...
"Ela estava na mesma, embora tivesse deixado aparecer fios grisalhos no cabelo, coisa em que ela se mostrava particularmente vaidosa quando eu a conhecera. Comemos na mesa oval e ela tornou a sentar-nos lado a lado, com a garrafa no meio. Não foi fácil conversar. Nunca fora, porque ou estávamos demasiado ocupadas com as nossas carícias ou tínhamos receio de que nos ouvissem. Porque é que eu imaginara que as coisas seriam diferentes, simplesmente porque o tempo tinha passado?"
Jeanette Winterson - Os Caminhos da Paixão
"Se durante tantos anos se falou de amor como se ele não tivesse um corpo, agora tende-se a falar apenas do corpo, dissociando-o dos afectos. No entanto, é com o corpo que se vive o amor - o abraço, o beijo, a carícia são expressões de afecto que se realizam no contacto de uma pele com outra pele, de um corpo com outro corpo."
Maria Emília Costa - Novos Encontros de Amor
“(...) Estou desesperada! Compreeende? Preciso dela. Todo o meu sangue e o meu corpo precisam dela. A minha garganta tem saudades do sabor do seu prazer, do ardor do seu sexo e dos gemidos, das suas contracções e da sua fúria. O vocabulário da sua língua e a linguagem dos seus dedos. As minhas mãos precisam de penetrá-la e desfazê-la por dentro, convertida em laguna, em rio, em açude; que seja ela o mel e eu a abelha e depois ela a flor e eu a abelha, e logo de seguida que seja ela o mel. E depois eu não sou nada porque a perdi! (...)”
Flavia Company – Dá-me prazer
"O amor intensifica o desejo de trocas corporais e de linguagem. O amor suscita o desejo dos encontros corpo a corpo com o objecto conhecido e por reconhecer, por redescobrir, pelo prazer de uma satisfação dos desejos parciais e dos desejos de linguagem, pelo prazer também duma ab-reacção das novas tensões nascidas, durante a ausência, no corpo do sujeito, ligadas e dedicadas, por ele, não só à representação do objecto, mas também à necessidade da presença corporal, conhecida, mas redescoberta, de cada vez, na linguagem. (...) O corpo a corpo, num erotismo cúmplice com o objecto, é necessário para a simbolização, a manutenção e a renovação, tanto da linguagem interior como do narcisismo do sujeito."
Françoise Dolto - No jogo do desejo
3 comentários:
Muito bom (clap clap)!!!
Não sabia que a memória dos peixes era assim tão curta!! Caso pra se dizer, sorte a deles (pois há coisas que não merecem ser lembradas)...
Continua que eu estou a gostar de ler ;)
Surrealismo na poesia, gostei. Sedução de transcrição, tens um dom magnífico para descrever, não conhecia esse teu lado, nem os outros lados.
Mas uma coisa é te ver pelo fórum, e outra é ler o que escreves. Há pessoas que nós surpreendem por o que escreve, e outras pelas suas expressões.
Acabei a pouco de te adicionar no meu blog. Espero continuar a comentar mais vezes aqui, pois tens um blog em peras.
Continuação…
Beijinho
P.S. Adoro Bjork
Minhas queridas DeusaNocturna e Beijinho as vossas palavras esboçam um sorriso nos meus lábios...
Obrigada e voltem sempre!!!
Bjinhos para as duas ****
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